quinta-feira, 9 de junho de 2016

Com dificuldades, Brasil passa por aspirantes italianas na estreia na etapa do Grand Prix no Rio


Desconcentrada, a seleção brasileira perdeu o set inicial, retomou o jogo, vendeu o segundo e o terceiro e teve que suar a camisa para salvar set point no quarto, virar o jogo e evitar o tie-break. A vitória em 27/25 no set derradeiro confirmou o triunfo na estreia da etapa Rio do Grand Prix contra as aspirantes italianas por 3 sets a 1 (23/25, 25/15, 25/15, 27/25) na Arena Carioca 1, na Barra da Tijuca. Sem ritmo de jogo e enfrentando equipe azurra sem três titulares campeãs do Pré-Olímpico, o Brasil teve altos e baixos no jogo, contou com muitos erros das italianas e venceu a partida. O segundo e o terceiro set definiram a diferença de 20 pontos entre as equipes (100/80) em toda a partida. A maior pontauadora do confronto  foi a ponteira Natália, com 16 acertos (11 no ataque e 5 no bloqueio). A oposta Sheilla fez 15 (11 no ataque, 2 no bloqueio e 2 no saque). No jovem time italiano, destaque para Paola Egonu, de 17 anos. A ponteira número 18 não jogou o quarto set. Ela também marcou 15 pontos (12 no ataque, 2 de bloqueio e 1 de saque). 

O pedido de dispensa de Monique Pavão acolhido pela Confederação Brasileira de Vôlei , sem maiores detalhes, no dia 1º de junho de 2016 pode ter definido as duas opostas da seleção. Mas, nem por isso, elimina uma preocupação. A fera Sheilla, reserva no clube, mostra vontade e tem que evoluir ainda mais e mais para tranquilizar Zé Roberto. O final do quarto set anima os torcedores e mostra que a experiência oposta do Vakifabank (Turquia) tem que ser um trunfo. Tandara, que voltou a jogar após o começo da Superliga 2016/17, após ter bebê, ainda não está na melhor forma.

No primeiro set do Grand Prix, a torcida pode ter sentido saudades da mais ovacionada atleta do Rexona-AdeS na Superliga passada que preferiu começar a integrar o time da grande mídia e não jogar a Olimpíada em casa, Fabi. Mas, a líbero do Nestlé/Osasco se recuperou bem, se ligou mais no jogo, cumpriu seu papel, e deve confirmar a expectativa da própria Fabi, crescer durante a o Grand Prix, confirmar-se como a líbero da seleção no Rio 2016 e se apresentar bem nos Jogos. Nos treinos, a boa sombra de Léia força o bom jogo de Brait na preparação. Fernanda Garay (foto) e Natália foram as ponteiras na estreia e Gabi só entrou para sacar.

Atualmente, a maior briga para definir posições na seleção é no meio de rede.Tudo indica que José Roberto Guimarães deva levar só três à competição olímpica. Na estreia do Grand Prix no Rio, o técnico da seleção brasileira testou a capitã Fabiana, que está de mals prontas para o Dentil/Praia Clube e a central do Rexona-AdeS, Juciely. Thaísa, nome forte pela história e que não fez  boa Superliga pelo Nestlé/Osasco na edição16/17, tem DNA de campeã e deve ser o terceiro nome. Mas a vibrante Adenísia, que deve sair de Osasco para jogar a próxima temporada na a Itália e a jovem Carol, que atuou muito bem na temporada 16/17 pelo campeão brasileiro, esperam oportunidade. Dani Lins reina posição de levantadora e a segunda posição ainda está indefinida. Esperar mais evolução de Roberta ou a volta de Fabíola, eis a questão. A sub-23 Naiane apesar de muita qualidade, tem possibilidades remotas e deve ser promessa para o futuro.

Seleção Brasileira contra a Itália

Dani Lins e Sheilla, Juciely e Fabiana, Natália e Fê Garay. Líbero: Camila Brait
Entraram: Roberta, Tandara e Gabi.
Técnico: José Roberto Guimarães
Assistente: Paulo Cocco

Próximos Jogos

O Brasil volta à quadra nesta sexta, 10/06, às 14h para enfrentar o Japão, pela segunda rodada da primeira etapa do Grand Prix, na Arena Carioca 1, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A Itália enfrentará a Sérvia, às 17h15, no mesmo local.

Texto: Luciano VIllalba Neto / Jornal Passe A
Foto: Divulgação - FIVB


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