quarta-feira, 26 de abril de 2017

Implacável, Rexona/Sesc é duodecacampeão da Superliga Feminina de Vôlei



Roberta, Monique, Gabi, Drussyla, Juciely, Carol e a líbero Fabi. Essas atletas foram as titulares comandadas pelo técnico Bernardo Resende que venceram a final da maior competição brasileira, e uma das maiores do mundo, de vôlei feminino na Arena Olímpica. Bela receita de mescla entre experiência e juventude. O Rexona foi campeão pela 12ª vez. No pódio, a equipe inteira fez a emocionante contagem de um a 12 para depois explodir de alegria e comemorar com a torcida o décimo segundo título. Doze vezes, mermão! Para levantar a taça, o Rexona-Sesc (RJ) venceu o clássico contra o Vôlei Nestlé (SP) por 3 sets a 2 (25/19, 22/25, 25/22, 18/25 e 15/6), em 2h23 de jogo, diante de 12.750 pessoas na Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A equipe do Rexona disputava a 13ª final consecutiva da equipe na competição e conquistou o quinto título nacional em sequência. 

A dona do tie-break foi a experiente ponteira do time carioca, Juciely. Com 18 pontos na partida e um terço dos pontos da equipe no set desempate (cinco no primeiro, quatro no segundo, cinco no terceiro, quatro no quarto e cinco no terceiro Jucy confirmou a boa temporada. E pensar que essa formação foi a mesma que perdeu para o Fluminense no Campeonato Estadual do Rio de Janeiro em 2016. Lembra daquela decisão no Tijuca Tênis Clube? A gringa Anne não estaria pronta na época... e, pelo que parece, nem agora. Perder uma Natália não é fácil. 

A jovem ponteira Drussyla, que não foi tão bem naquela decisão carioca do ano passado, arrebentou agora na final da Superliga 2016/17. Perseguida pelas adversárias na recepção, Dru foi pura coragem no ataque. Marcou 19 pontos (um no primeiro set, seis no segundo, um no terceiro, seis no quarto e um no tie-break) três a menos que a maior pontuadora da partida, a ponteira Tandara, do Vôlei Nestlé. Dos 19 acertos, Drussyla fez 16 no ataque e um no saque.Tá bom ou quer mais? Para ser titular na final Drussyla barrou a gringa Anne. Mesmo sem estar com um passe de encher os olhos, a camisa 17 do Rexona/Sesc foi guerreira no ataque, enfrentou o bloqueio como gente grande e contou com todo o apoio das companheiras e do comandante Bernardinho. 

Veja aqui o simbolismo do 12 segundo Helena Gerenstadt.

Fotos

Para ver momentos registrados pelo Jornal Passe A na finalíssima, clique aqui.


Bernardo agradece

O Rexona/Sesc fez bonito na última temporada do patrocinador que acompanhou o projeto desde o início. Bernardinho agradeceu à Unilever e ao produto da empresa, o Rexona, na entrevista à TV que não divulga o nome dos patrocinadores das equipes da Superliga. A lembrança do patrocinador carioca também foi realizada por Luizomar de Moura, técnico da equipe vice-campeã. 



Torcida de vôlei


Se dentro de quadra foi jogão, fora dele... um show! A torcida paulista surpreendeu e, mesmo em momentos difíceis, deu aquela força para o Vôlei Nestlé. Chegou até a abafar a torcida carioca. Será que a torcida que frequenta o Tijuca estava toda no Jeunesse Arena? A galera carioca acordou a tempo e, em maior número nas arquibancadas, foi contagiada pelo excelente início de tie-break com a fera Juciely, sustentou a empolgação no set desempate e começou a soltar o grito de campeão antes do último saque. Na batalha pacífica e saudável das torcidas, quem vence é o vôlei.

Talento em lapidação

Um talento não nasce de uma hora para outra. Drussyla (à direita na foto, ao lado da incansável assessora de imprensa da equipe, Lívia Mendonça) trilha o caminho desde a base do Fluminense. Foi MVP no sul-americano sub-16, em 2011 e no sub-20 em 2014. Em 2015, participou das campanhas da seleção brasilleira na prata mundial do sub-20 e do ouro sub-23. No ano passado, foi campeã sul-americana também pela seleção brasileira sub-23. Ao final da partida, comemorou com a família, com a torcida e deixou muita gente feliz com o sucesso. A galera do projeto social Carlão Silva relembra com alegria passos e saltos da ponteira na quadra de areia da Praça de Skate de Nova Iguaçu/RJ.

Drussyla ressaltou o espírito de luta  que tem ao jogar. "Eu entro em quadra, me divirto, e vou com a minha vontade e a minha coragem. Faço de tudo para ir adquirindo a confiança necessária ao longo do jogo e tem dado certo", comentou a atleta que completa 21 anos no próximo 1º de julho.

Inspiração

Que partida fez a menina Gabi (ao fundo da foto), de Niterói! Entrou, deu o sangue na defesa, foi bem no ataque. Com os 1,73m levou o time em quadra às alturas e garantiu a reação do time paulista enquanto o Rexona/Sesc se mostrava inconstante. Não foi só um peixinho em quadra não. Foram vários. Que bom seria se Niterói e as cidades de todo o interior do RJ aproveitassem a inspiração dessa guerreira e reativassem trabalhos na base para disputar as competições de base da Federação de Vôlei do Rio de Janeiro (FVR). Os talentos estão em todos os cantos. É claro que clubes e Federação têm que fazer a parte deles e inovar de verdade! 

Equipes da Final 

Rexona-Sesc - Roberta, Monique, Gabi, Drussyla, Juciely e Carol. Líbero - Fabi 
Entraram - Regis, Camilla, Helô
Técnico - Bernardinho 

Vôlei Nestlé - Dani Lins, Bjelica, Malesevic, Tandara, Bia e Natália. Líbero - Camila Brait 
Entraram - Gabi, Carol, Paula
Técnico - Luizomar de Moura 


Brasília tem notícia boa

A brasiliense Tandara Caixeta, ponteira do Vôlei Nestlé, equipe vice-campeã, brigou, e brigou muito, pelo título, foi a maior pontuadora da partida final, com 22 acertos. Tandara recebeu três prêmios individuais de destaque de toda a competição. 

Foi a maior pontuadora da Superliga 2016/17, teve o melhor saque e foi escolhida "Craque da Galera". Muito bom para o vôlei brasileiro ter a talentosa e forte Tandara de volta às quadras.




E por falar em Brasília, a capital tem mais notícias boas, gente. Ao final da premiação, a levantadora Macris falou, com exclusividade, ao Jornal Passe A. 

Ela valorizou as atletas e a comissão técnica do Brasília Vôlei e afirmou que ainda não sabe com que camisa vai jogar na próxima edição da competição. 

Clique aqui e ouça a entrevista de Macris ao Jornal Passe A.





Outro destaque de Brasília na final da Superliga foi a presença feminina na função de juiz de linha. A professora de Educação Física e Fisioterapeuta, Cinthya Cavalcante, atua no vôlei de quadra e no vôlei de praia na Superliga e no Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia voltou ao  Rio. 

Ela esteve na equipe de arbitragem da Olimpíada Rio 2016 e foi escolhida para colaborar na finalíssima da Superliga Feminina de Vôlei 2016/17. Ponto para as mulheres. Ponto para a galera da arbitragem da capital federal.



Classificação Final da Superliga 2016/17

1º - Rexona-Sesc (RJ)
2º - Vôlei Nestlé (SP)
3º - Dentil/Praia Clube (MG) 
4º - Camponesa/Minas (MG)
5º - Genter Vôlei Bauru (SP)
6º - Terracap/BRB/Brasília Vôlei (DF)
7º-  Fluminense (RJ) 
8º - Pinheiros (SP) 
9º - São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP) 
10º - Rio do Sul (SC) 
11º - Sesi-SP 
12º - Renata Valinhos/Country (SP) 

As melhores da Competição


Tandara (Vôlei Nestlé) - Maior pontuadora, Melhor saque e Craque da Galera 

Destinee Hooker (Camponesa/Minas) - Melhor ataque 

Mara (Camponesa/Minas) - Melhor bloqueio 

Tássia (Dentil/Praia Clube) -  (foto ao lado) -  Melhor recepção 

Brenda Castillo (Genter Vôlei Bauru)  - Melhor defesa 

Macris (Terracap/BRB/Brasília Vôlei 
Melhor levantadora 


Encontros e Despedidas

O fisioterapeuta Guilherme Tenius, o Fiapo (foto ao lado), confirmou que está prestes a deixar a equipe que defendeu por anos e anos. Ele deve integrar a comissão técnica do time duodecampeão da Superliga no Mundial de Clubes no Japão. Depois reencontra esposa e filhas nos Estados Unidos.  A família também respira vôlei. As filhas Renata, pelo Flamengo e Gabi pelo Flu jogaram o Estadual 2016. Ou seja, quando Fiapo não está à beira da quadra, está na arquibancada. Sucesso, grande cara!


O técnico Ricardo Picinin (à direita da foto), que comandou a equipe medalha de bronze da Superliga Feminina 2016/17 confirmou ao Jornal Passe A, logo após a premiação, que não continua na equipe de Uberlândia/MG na próxima edição da competição. 

Registramos em quadra os dois mais recentes comandantes do Praia Clube: Picinin e Spencer Lee (à esquerda da foto). Depois do Praia, Spencer, que deixara o Rio do Sul para ser auxiliar técnico no Vôlei nesta edição, saiu do Jeunesse Arena com a prata.


A fera Fabi, hors concours, na opinião do Jornal Passe A, monstra em quadra, disse que ainda não renovou para a próxima temporada, mas deixou claro que não joga em outro clube a não ser o que sempre defendeu. Ou seja, na base do daqui não saio, daqui ninguém me tira, Fabi deixou a seleção, mas não vai deixar o duodecampeão tão cedo. E energia ali não falta! O Passe A sugere que como acontece no basquete norte-americano, deem um jeito de aposentar essa camisa 14, que lembra a do fera Oscar de Basquete. Diga-se de passagem, a do Mão Santa não foi aposentada.


Comissão Técnica Campeã

Técnico – Bernardo Rocha de Rezende
Assistente técnico – Ricardo Gomes Tabach
Auxiliar técnico – Hélio Ricardo Griner
Preparador físico – Marco Antonio Jardim
Fisioterapeutas – Guilherme de Britto Pereira Tenius e Marcio Fonseca Menezes
Médico – Ney Coutinho Pecegueiro do Amaral
Estatística – Roberta Correira Giglio

Seleção da Superliga 2016/17 (texto CBV)

A seleção feminina é formada pela levantadora Macris, do Terracap/BRB/Brasília Vôlei (DF) e a oposta Hooker, do Camponesa/Minas (MG). As centrais são Mara, também do time de Belo Horizonte (MG), e Roberta, do grupo candango. Como ponteiras, Tandara, do Vôlei Nestlé (SP), e Alix, do Dentil/Praia Clube (MG). Tássia, também do time de Uberlândia, ocupa o posto de líbero. 

As definições são baseadas em números. Desta forma, Macris foi a melhor no levantamento e a norte-americana Hooker a mais eficiente no ataque. Entre as centrais, Mara foi a primeira no bloqueio e Roberta (Brasília Vôlei) a segunda. 

A ponteira Tandara foi a primeira no saque e a segunda no ataque, enquanto a sua companheira de posição, a norte-americana Alix foi a terceira no ataque. A líbero Tássia foi a primeira na recepção e terceira na defesa. 

Reportagem Jornal Passe A

Foto Capa - Comemoração das campeãs
Créditos: Divulgação/Inovafoto/CBV

Produção, Texto, Fotos e Entrevista com Macris
Luciano Villalba Neto - Jornalista
Jornal Passe A

sábado, 22 de abril de 2017

Ponteiras de Brasília defendem Vôlei Nestlé na grande final da Superliga


As equipes finalistas da Superliga de Vôlei Feminino 2016/17 mesclam experiência e juventude. O Rexona/Sesc tem a capitã Régis no banco, Juciely e Fabi no time titular. O Vôlei Nestlé tem também suas estrelas Dani Lins, Carol e a menina de Niterói Gabi. O time paulista tem duas ponteiras de Brasília. A experiente Tandara (foto da capa), de 29 anos, atleta de seleção brasileira é uma das armas e mais que titular no time comandado por Luizomar de Moura. 


Mas não é só Tandara que representa a capital federal no elenco paulista. O Jornal Passe A entrevistou outra jovem ponteira do Distrito Federal que também busca espaço e vive sua primeira final de Superliga A. No primeiro ano no time de Osasco, Bruna Neri (foto ao lado), de 24 anos, revela, em entrevista exclusiva, a satisfação de fazer parte do time de Osasco. 

Clique aqui e ouça o áudio com entrevista exclusiva de Bruna, que passou pelas equipes candangas da AABB/DF, do técnico Horcival Júnior, da seleção de base do DF e do Brasília Vôlei. 



De quebra, a craque Tandara fez um convite para a galera de Brasília acompanhar a finalíssima entre as duas equipes que já decidiram 10 vezes a competição mais importante do vôlei feminino no Brasil. Assista ao vídeo.




Final da Superliga de Vôlei Feminino 2016/17

Rexona/Sesc (Rio)  X Vôlei Nestlé (Osasco)
Jeunesse Arena - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro/RJ
23/04 (domingo) - 10h da manhã
Transmissão: TV Globo e Sportv

Foto capa - Tandara
Luciano Villalba Neto - Jornal Passe A 

Foto de Bruna Neri
Créditos: Ricardo Haleck

terça-feira, 18 de abril de 2017

Maiores pontuadoras, Tandara e Gabi são destaques para final da Superliga Feminina


Rexona-Sesc (RJ) e Vôlei Nestlé (SP) chegam para 11ª final da Superliga entre as duas equipes com duas ponteiras que se destacaram durante toda a edição 16/17. Tandara, do time de Osasco (SP), maior pontuadora da competição, com 408 pontos, e Gabi, do Rexona-Sesc (RJ), quarta maior pontuadora ao lado da oposta Monique, com 358 pontos, são pontos de referência nas finalistas. A final será realizada no próximo domingo, 23.04, às 10h, na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro (RJ). A TV Globo e o SporTV transmitirão ao vivo. 

A ponteira Gabi, que tem também a 6ª melhor recepção e o 9º ataque mais eficiente da competição, comentou sobre a temporada do Rexona-Sesc e chamou a atenção para a superação do grupo comandado pelo treinador Bernardinho. 

"Essa temporada foi muito importante e com um playoff semifinal exaustivo contra o Camponesa/Minas decidido em cinco jogos. Nosso time passou por momentos de superação e isso nos fortaleceu. Estou feliz de disputar mais uma final com o Rexona-Sesc. Acredito que amadureci ainda mais esse ano pelos momentos de dificuldade que passamos, como quando perdemos dois jogos seguidos em casa", disse Gabi, que também falou sobre sua busca por ser uma jogadora cada vez mais completa. 

"Com a saída da Natália (se tranferiu para o Fenerbaçhe, da Turquia), assumi uma responsabilidade maior no passe e isso foi muito importante para mim como jogadora. Tenho tentando me dedicar cada vez mais. Sei que não sou uma jogadora alta e para conseguir um diferencial tenho que errar pouco e dar volume para a equipe. Fico feliz com a confiança que o Bernardo, a camissão técnica e as jogadoras passam para mim", explicou Gabi. 

A ponteira do time carioca fez ainda uma análise do adversário na final da Superliga feminina de vôlei 16/17. 

"Na minha opinião o Vôlei Nestlé é o favorito pela semifinal que fez contra o Dentil/Praia Clube. Elas foram muito consistentes nesses jogos. A Tandara pressiona muito as equipes e é decisiva. A Bia também vem jogando muito bem, assim como a Dani Lins e a Camila Brait, que fazem a equipe jogar. Emfim, elas têm grandes jogadoras. Tem tudo para ser uma grande final. Temos que trabalhar muito essa semana e aproveitar o fator casa", afirmou Gabi. 

Tandara decisiva

Pelo lado do Vôlei Nestlé, a ponteira Tandara foi decisiva durante toda a temporada para o time do treinador Luizomar de Moura. As estátisticas comprovam o bom momento da atacante. A campeã olímpica tem o melhor saque e o segundo ataque mais eficiente da Superliga feminina 16/17, além de ser a maior pontuadora da competição. 

A atacante analisou a boa fase e falou sobre seu momento atual na Superliga 16/17.

"Foi uma temporada muito importante vindo da seleção depois de um corte, além de ser a temporada seguinte a minha gestação. Todo meu trabalho está sendo recompensado pelas estatísitcas e a nossa temporada. Entre os meus obejtivos estão errar menos, ser mais objetiva e evoluir fisicamente e taticamente. Tenho trabalhado muito forte para isso", disse Tandara, que ainda fez uma análise da decisão contra o Rexona-Sesc. 

"É um clássico do voleibol brasileiro e espero que seja o melhor espetáculo possível para os torcedores. Sabemos que vamos precisar ser decisivas e errar o mínimo possível. Espero fazer o meu melhor e ajudar o Vôlei Nestlé da melhor maneira possível nessa final", afirmou Tandara. 

Craque da galera

As jogadoras brilharam pelas quadras do Brasil em toda a temporada 16/17 da Superliga femininia de vôlei. Chegou a hora dos torcedores reconhecerem a dedicação das atletas na votação da "Craque da Galera" A eleição acontecerá até o dia 21 de abril, às 16h, no site da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) pelo link: http://superliga.cbv.com.br/craque-da-galera

A vencedora receberá a premiação durante a grande final, no dia 23 de abril, no Rio de Janeiro. Os torcedores poderão votar entre 16 nomes, dois de cada semifinaislita e um dos demais times. 

Final

23.04 (DOMINGO) - Rexona-Sesc (RJ) x Vôlei Nestlé (SP), às 10h, Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro (RJ) - TV Globo e SporTV 

Texto 
Confederação Brasileira de Volei - CBV

Foto capa - Entrevista de Gabi ao jornalista Luciano Villalba Neto do Jornal Passe A 
Créditos: Ricardo Haleck

Foto - Ataque de Gabi
Créditos: Washington Alves/Inovafoto/CBV

Foto - Ataque Tandara
Créditos: Wander Roberto/Inovafoto/CBV