O Brasil é o país do vôlei. Desde a geração de prata, ou mesmo antes dela, a modalidade cresce em público, fatura títulos e medalhas olímpicas. Mudanças na regra para adaptar o esporte à grade televisiva transformam trabalhos. No masculino, Serginho comandou mais um ouro para os rapazes, na olimpíada em casa. O naipe feminino não obteve o sucesso esperado pela torcida que acredita no vôlei do Brasil. O vôlei no Brasil segue com suas particularidades e dificuldades. Em tempos de Jogos Paralímpicos no 2016, atletas mais que atletas e profissionais com um trabalho muito especial chamam a atenção de novo público na modalidade vôlei. É o emocionante vôlei sentado do Brasil. A quarta força mundial da modalidade pede passagem para contar com a torcida brasileira no Rio e subir ao pódio da competição internacional que rola a partir de amanhã, 07 de setembro, no nosso País. É tempo não de esquecer problemas sociais, mas de valorizar gente que vence dificuldades inspiradas no esporte para viver, para sobreviver. Na semana passada, o Jornal Passe A foi conhecer um pouco das guerreiras da seleção brasileira feminina de vôlei sentado no terceiro amistoso contra a campeã mundial, a China. A seleção comandada pelo técnico Guedes, um paraibano que mora em Goiânia e tem, como assistente, o técnico de vôlei "em pé" Spencer Lee. O talentoso e inteligente técnico Spencer que tem passagens importantes pelo Praia Clube e Rio do Sul na Superliga de Vôlei Feminino, a primeira divisão das brasileiras do vôlei em pé. O Brasil fez três amistosos contra a China na cidade de Volta Redonda, sul do Estado do Rio de Janeiro e o Jornal Passe A esteve lá no terceiro deles. Que maravilha chegar à Volta Redonda e ver o ginásio do Clube dos Funcionários da Companhia Siderúrgica Nacional lotado! Crianças, estudantes, professores do Sul Fluminense prestigiaram esse esporte que ainda não é tão conhecido do público.
Emoção pura
A cada deslocamento, a cada saque, a cada troca de posicionamento, a cada ataque bloqueio, a cada lance motivado pelo esforço de uma vida, uma emoção. Fotografar, registrar, viver o momento é quase indescritível. De joelhos, o suspiro normal para evitar o tremor da máquina deu as mãos a emoção e aumentou o tempo de espera para cada clic. É o registro de sucessos pessoais de lindas brasileiras que enfrentam as campeãs mundiais pela terceira vez em solo do interior do Estado que visam ao pódio na capital fluminense, sede dos Jogos Paralímpicos 2016. O resultado da partida importa para a comissão técnica, logicamente. É o terceiro jogo da seleção brasileira contra as chinesas que jogam com a força total. O Brasil venceu os primeiros dois jogos em Volta Redonda/RJ. O professor Guedes opta por uma formação diferente no terceiro jogo, faz o time todo,cada atleta ter a oportunidade de enfrentar as melhores do mundo. Para a torcida, enlouquecida nas arquibancadas, a derrota por 3 sets a 0 é vitória. A vibração ultrapassa o tempo de jogo e invade a quadra — com tranquilidade e devidamente autorizada — após o apito final. Agora é tempo para fotos em aparelhos de celular, máquinas fotográficas pessoais, autógrafos em camisas, abraços e beijos. A seleção de vôlei sentado conquistou o povo de Volta Redonda e pode ser inspiração para muitos brasileiros e brasileiras buscarem inspiração para viver e para buscar no esporte solução para problemas aparentemente insolucionáveis. Vale demais ir assistir a essa galera no nos Jogos Paralímpicos 2016, que começam neste sete de setembro. Os jogos serão realizados no Pavilhão 6 do Rio Centro.
Ao final da partida no Sul Fluminense, o Jornal Passe entrevistou a técnico e o assistente técnico da seleção brasileira. Clique nos links e confira os vídeos.
Entrevista com Guedes
Entrevista com Spencer
Brasil, Canadá, China, Estados Unidos, Holanda, Irã, Ruanda e Ucrânia são as seleções femininas de vôlei sentado que estarão nos Jogos do Rio. O Brasil estreia na sexta-feira, 09/09. Clique aqui e veja a tabela oficial dos jogos.
Texto, Foto e vídeos: Luciano Villalba Neto - Jornal Passe A
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